quarta-feira, 24 de março de 2010

INFÂNCIA EM CONTOS AMAZÔNICOS

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Provavelmente, (para os outros), o fato mais poético de minha vida
Seja ter me criado na rua Contos Amazônicos
Subúrbio, periferia de São Paulo.

Mas não é assim que defino minha rua.
Rua de fazer e viver poesias
Rua de brincar de corda
Emprestando minha mãe
Que tinha o dom de transformar coisas em brinquedos


...


Eu crescia...
Brincava de vivo ou morto
Sem preocupação com a violência
(esta não existia)


Subia em árvores
Sonhava-as edifícios
Nunca me preocupei em ser chamada maria moleque
Ser criança é ser sobrecomum


Não, não sinto uma saudade nostálgica da infância
Vivia ...vivi-a
E as vezes ainda encontro comigo


Ainda moro nos contos amazônicos
(17/04/02)


Poesia exposta no evento MULHERES EM POESIA


(17/04/02)

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